Está praticamente concluido o meu último trabalho. Falta dar apenas pequenos retoques.
Isto significa que vai começar o dilema - qual o tema para o próximo?
Eu cá tinha as minhas razões, que a coisa não está fácil...
Bom, talvez para variar me decida por um belo modelo feminino, ou por um motivo nocturno, ideia que já esteve para germinar em tempos. Veremos para onde vai pender a opção.
São realmente muito trabalhados e morosos, mas é o estilo que mais aprecio e até já estou mentalizado para essa consequência.
É bem certo que, se tivesse enveredado (desculpem-me a expressão) pela pintura das "pinceladas", vulgo abstracto, com uns rabiscos aqui, umas sombras ou silhuetas ali, umas cores harmoniosas ou garridas acolá e, era um ver se avias, já teria cocluido uns quantos antes que acabasse uma das minhas telas.
Que me perdoem, pela minha franquesa, os entusiastas e os que cultivam este estilo, com muitos admiradores obviamente.
Não quero com isto dizer que não goste desse tipo de pintura mas, simplesmente não aprecio, não me diz nada.
Experimentar essa forma de expressão artística não está para já dentro dos meus planos, não me sinto entusiasmado, não encontro essa motivação.
Por enquanto, vou continuando com o velho estilo, num jogo de paciência e de leitura, tentando reproduzir da melhor forma aquilo que observo.
Julgo já me ter referido esta questão, que por vezes me incomoda, particularmente quando preciso de pensar no tema do trabalho que se há-de seguir, na iminência de concluir o que tenho em curso. Parece tão simples quanto surpreendente mas, aflorando um montão de ideias e diferentes motivos (estes coligidos em muitas fotos que vou tirando), é realmente difícil a decisão. E porquê?
É que, entre as muitas hipóteses e variadíssimas ideias, ponderando inclusivamente a possibilidade de expor, há que decidir onde fazê-lo e, nessa eventualidade, é no mínimo uma obrigação moral apresentar alguns trabalhos que se enquadrem nessa opção. Mas, por outro lado, se o que importa é fazer algo diferente, para variar de tema, também aí persiste a mesma dúvida quanto à selecção - paisagem, natureza morta, expressão corporal, retrato, monumento?...
Provavelmente é uma situação comum a quem, como eu, pinta por prazer.
Na verdade, todos os temas parecem interessantes e o melhor será mesmo pôr as dúvidas à margem, pois vendo bem, o que importa é a qualidade do trabalho acabado.
E, para já, o melhor é mesmo apressar-me, que só falta três semanitas...
Há um certo tipo de férias que é uma chatisse...para alguns.
Falta menos de um mês.
É verdade. Se tudo decorrer com a normalidade que se espera, dentro de 28 dias, quatro semanitas, lá estaremos de regresso ao convívio da turma.
São férias curtas no tempo para quem sente necessidade de descansar, mas uma longa pausa para os que, talvez mais assíduos ou aplicados, interromperam essa aplicação.
Na verdade, sem a agendada hora das nossas quintas-feiras para cumprir, houve muito boa gente que adiou a inspiração e meteu ombros a outras tarefas, aproveitando os dias mais compridos do verão.
Infelizmente, neste grupo e desse mal me queixo eu, pois de pinturas, nada feito; estão em standby. É que há sempre qualquer coisa que se interpõe, quando julgo surgir a oportunidade para pegar nas tintas...
Mas, são só mais quatro semanitas...






















Começaram a 31 de Julho e encerraram hoje, com o costumado fogo de artifício.
Pareceram-me mais concorridas este ano as festividades da Barreira.
Ou fui eu a visitar com maior assiduidade esta romaria?...Às tantas…
Na verdade, não é meu hábito perder-me muito por este género de celebrações, mas quando vou, acabo por concordar que não foi de todo mal empregue o tempo ali gasto. Normalmente aproveito para experimentar a cozinha, da responsabilidade dos festeiros, que sempre contribuo com mais alguma ajudinha.
Mas, a razão das minhas mais frequentes visitas deste ano, teve a ver com a presença dos meus netos.
Eles adoraram toda a agitação e deliraram mesmo com a quermesse…Aquelas rifas…a entusiástica escolha dos prémios à disposição…maravilha de espectáculo!
E o Rancho com as suas danças?!..E aquelas bandas musicais, que nem lhes incomodava os tímpanos e a tremedeira das tripas, de altíssimo que estava o som!...
Seguramente que tão cedo não vão esquecer a festa, a quermesse, a comida, a tremoceira e as pevides, enfim, tudo o que os entusiasmou! …

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