Era uma vez... uma porta de excepcional originalidade e beleza, que se viu um dia despresada, entregue à sua sorte, com um presságio seguramente votado ao desaparecimento.
A implacável modernização, dita evolução da arquitectura paisagística, quis por termo à sua existência e, nesse entendimento, julgou por bem enviar a desdita para o ferro-velho.
A pobre estava de facto para ali abandonada, esperando o seu fim, quando alguém a reconheceu e achou por bem dar-lhe utilidade digna da sua excelência, produto de hábeis mãos de um qualquer marceneiro, que até julgávamos poder referenciá-la como modelo ex-libris da cidade.
Foi um anónimo leiriense que, ao descobri-la assim abandonada, entendeu por bem adquiri-la e recuperar esta verdadeira obra de arte.
Em tempos, nas minhas andanças na pesquisa de aspectos da cidade com previsível risco de desaparecimento, resolvi fixar esta imagem para a perpetuar.
Sinto alguma vaidade na pintura a óleo que executei, em tela de 27x35, no ano de 2003, o segundo trabalho da minha iniciação à pintura, que considero digno de fazer parte da colecção particular, pertença da família.

1 comentários:

Maria Dulce Bernardes disse...

Quando vi a imagem no ecran, fiquei realmente na dúvida;foto? tela?

Palavras para quê?
BELO
Beijinho
M.D.

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