É hoje inaugurada e estará patente ao público até ao próximo dia 23 a exposição de trabalhos dos alunos orientados pela professora e artista D.Dulce Bernardes.
Como habitualmente, o salão de exposições do IPJ, na Av. 25 de Abril, junto ao estádio Magalhães Pessoa, foi o local escolhido para o evento.
Estão de parabéns os participantes e, por forma indirecta a formadora, atendendo à excelente qualidade das inúmeras telas expostas, com a aplicação de estilos próprios, reproduzindo os mais variados temas, do abstracto ao figurativo e realista.
Para os apreciadores deste tema, é seguramente uma exposição de visita obrigatória.
A entrada é livre e o horário das visitas coincide com o funcionamento do IPJ, pelo que aos sábados e domingos a visita não estará disponível.
3 comentários:
Homenagem a artistas destacados
Num dia de Outono, quase ao Anoitecer
Inaugurou-se a exposição,
Como se fosse hoje a Casa dos Pintores
Na abertura, um bálsamo suave
no louvor incitante da artista, mentora e amiga Dulce Bernardes
de mãos exímias, pincelada decidida, sagaz mirada
nos poemas que o colega declamou
tanto quanto o violinista encantou,
em pano de fundo, A Flautista sem rumor nem zumbido,
surpreendeu pelo mutismo, o que não é habitualmente na Margarida.
……
e se a passarada debandava?
Antes de sair da Casa dos Pintores, ou passar pelo Cruzeiro,
que sustenta a base do S, Rocha e o norteia no desnorte, revimos
O Fontanário da Fonte Freire, graciosa reprodução em delicadeza
arrebatada pela fulgor dos cântaros, o espírito judicioso,
o cavalheirismo deferente do Henrique,
a Praça Rodrigues Lobo e Castelo,
St Agostinho e Sra Encarnação, a Ford Leiria anos 50
uma Leiria Panorâmica desde o Bairro dos Anjos
…..
Descansámos na Casa de campo, local idílico
que a Helena alindou para nos ofertar genuinamente
enquanto o Visconde e freguesia franqueavam o Pórtico do Solar,
Foi de Óbidos, Pormenor com janela típica e muralha, que avistámos o Alentejo
La onde a conciliação se torna autêntica, após a luta renhida
gerações, risco, aventura, idealismo …
uma mãe só sossega quando o filho adormece no seu colo
Voando ou Velejando, nem sei bem
ancorados e escorados viajaremos de qualquer modo
capitaneados pela Odete, com sensatez e tolerância
……..……….
……………..
rumámos ao Funchal, a ver o Fontanário da Rua das Cruzes,
de azul real, pedraria ao pormenor, a clorofila a transparecer
a mão do Arnaldo a transmutar cada recanto em monumento
Cores e letras, duplamente encantatório
Um final feliz, Hema
para as decepadas, as confusas, as envergonhadas…. psiu, não se pode tocar em mazelas!
os fugitivos, os alquimistas, os arrependidos…. para todos nós
recriação, ressurgimento e reciclagem
Estou muito surpreendida.
Afinal a nossa colega e amiga Graciela não é só uma promissora pintora como já é uma excelente escritora.
Gostei muito do texto.
Um abraço grande.
Helena Maria
Surpresa das surpresa!
A descrição poética, abrangente e original que acabo de apreciar é obviamente atributo de grandes artistas. Na verdade, fica-me a dúvida se se é o pintor poeta ou o poeta pintor que teremos de elogiar.
Parabéns Graciela pela forma interessante desta abordagem à nossa exposição e a todos os que para ela contribuiram.
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