Levou-me um pouco mais de tempo mas, um ano mais, a tradição cumpriu-se.
É que, apesar da construção do meu presépio se assumir quase como um ritual, nunca disponho as figuras no mesmo local ( à excepção da Sagrada Família, ali não há lugares cativos) e mesmo a tradicional gruta é sempre de modelo diferente.
Entretanto, as searinhas de trigo que foram cuidadosamente semeadas em pequenos potes de barro já estão a nascer.
Quando as suas plantinhas exibirem aquele tufo viçoso, que mais parece um molhinho de agulhas verdes saídas da terra, adornadas nas suas pontas, pela manhã, com as gotinhas de água que a humidade produziu durante a noite, todo este cenário se tornará mais vivo e fresco. Então sim, ao admirá-lo, proporcionar-me-à aquele prazer do dever cumprido, como em cada ano que passa, e sentir-me-ei agradado ao ouvir referências amáveis ao meu trabalho.
Esforçar-me-ei por manter vivo este hábito, que faço questão de cultivar, não apenas pelo prazer que me dá e porque faz parte de uma cultura familiar enraizada mas, muito mais, pelo ensejo de transmitir esta tradição aos membros mais jovens da família.

Desejo a todos os seguidores e leitores amigos do meu CORESDELEIRIA um feliz Natal.
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