Magusto

11.11.11 | 1 Comments

O dia de S. Martinho, que hoje assinalamos, conduz-nos sempre a uma celebração, que não parecendo associada ao objectivo da lenda, convida a reunir familiares e amigos, já que  o motivo se justifica na abundância das castanhas. É o tradicional MAGUSTO!
Neste espírito, a Associação dos Antigos Empregados do Banco Nacional Ultramarino leva a efeito todos os anos este convívio sendo que, este ano, a adesão ultrapassou todas as previsões mais optimistas em número de participantes, uma vez que a s inscrições ultrapassaram já o número de 500.
É amanhã que nos reunimos na Ortigosa, local escolhido para albergar tantos antigos companheiros de trabalho com os seus familiares.
Façamos votos para que o S. Martinho "meta uma cunha" a S. Pedro para nos proporcionar um dia bem alegre, com todos os motivos para recordar e manter viva a vontade de nos voltar a reunir.

10.000

11.11.11 | 0 Comments

O facto de verificarmos que os nossos seguidores nos visitam com alguma regularidade é uma observação que para nós, bloguistas, nos transmite sempre um grande prazer.
A atenção que nos dedicam proporciona-nos algum conforto e incentiva-nos a tentar publicar temas ou outro tipo de informação, que justifique a satisfação de nos sentirmos acompanhados.
Essa é a principal razão do nosso trabalho.
Porém, hoje, uma atenção e uma saudação muito especial vai para o meu grande amigo Xavier, sempre por perto, não obstante a distância que nos separa de Macau, pelo facto de ter sido o visitante nº 10.000 deste espaço ainda jovem.
A todos os restantes 9.999 visitantes, que o antecederam, quero também expressar o sentimento do meu enorme apreço e de um muito merecido agradecimento pela companhia que têm vindo a proporcionar-me.
Um bem-haja para todos.
Com o apoio da professora D.Paula Gouveia, do dep. Cultura da Câmara Municipal de Santana, foi posível localizar o sr. António Martins, figura carismática da região, que serviu de tema à minha última obra - o seu retrato em óleo sobre tela.
Na verdade, o tempo voa. É que já se passaram mais de três anos desde o dia em que registei a imagem daquele simpático rosto (Fevereiro de 2008).
O encontro que agora nos foi proporcionado ficará para sempre gravado na minha memória.
Seguramente, julgo que também os momentos partilhados viverão no dia-a-dia do sr. Martins e do seu genro, que amavelmente se disponibilizou a estar connosco.
A surpresa e a alegria que transpareceram daquele olhar, já cansado pelo peso dos seus oitenta e três anos, movendo-se apoiado num cajado, porque a sua já debilitada saúde o exige e o impede de se afastar da típica e humilde casinha de Santana onde vive, foram uma constante.
Está mais magro e, infelizmente, não é difícil apercebermo-nos de que sobrevive com precários recursos. Vive só. O seu único amparo traduz-se na assistência dada pelo seu genro.
         
Já lá vai o tempo em que se dedicava a trabalhar a lã, dobada pelas mãos de uma filha que recentemente perdeu. Disse que ainda poderia continuar a fazer os típicos “barretes de vilão” se alguém lhe dobasse a lã necessária, a lã pura, tosquiada localmente.
Emocionante foi o momento em que, após guardar as fotos que lhe deixei (a foto da tela e a que serviu de modelo), me colocou na cabeça um daqueles “barretes de vilão” feito por si e me acariciou timidamente.





Foi buscar a sua braguinha, companheira de muitas alegrias e bons anos, e dedilhou as suas cordas. Retribuí com o bailinho da Madeira, na minha harmónica bocal.
  




A hora da troca de abraços de despedida chegou, inevitável e, assim, demos conta que uma vez mais o tempo passa depressa.

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